Mais esclarecimentos

Caros colegas,

Depois da polémica gerada em torno de um dossier que teria sido entregue à CC por um aluno, vem a CC justificar o porquê da sua não divulgação.
Este dossier consiste nos documentos de trabalho da reunião de 30 de Abril da Comissão de Acompanhamento e Implementação do Processo de Bolonha (CA) na Faculdade de Medicina de Lisboa.

São estes documentos actas de reuniões entre os professores das componentes de cada módulo a ser leccionado no 2º ano do Curso de Mestrado Integrado em Medicina.
Estes documentos foram entregues à Comissão de Curso, pelo colega António Caetano, que nos aconselhou a sua divulgação imediata ao ano, tendo este sido informado que antes de fazer alguma coisa, a CC consultaria discentes do Conselho Pedagógico acerca da viabilidade desta acção, em meados do mês de Maio.

Inquirimos um membro do Conselho Pedagógico da nossa faculdade acerca da efectividade daqueles documentos e da legitimidade que a Comissão de Curso teria em divulgá-los.
Foi-nos aconselhada a não divulgação ao ano, e sim a divulgação intra CC de modo a que, como representantes do ano, os pudéssemos analisar e antever alguns problemas que pudessem dali advir, e intervir no sentido da sua correcção.

Foi assim entregue a cada elemento da CC uma cópia do referido dossier.

Na semana de 9 a 13 de Junho é tornado público que a Comissão tem em seu poder um dossier com informações relativas ao 2º ano do MIM (o supra-referido).
E desde então têm surgido inúmeros comentários neste blog exigindo-nos a divulgação desse mesmo dossier.

Tendo em conta que à data da sua recepção considerámos o conselho do Elemento do Conselho Pedagógico como sendo a conduta a seguir, procurámos nestes dias averiguar novamente a legitimidade que teríamos para a sua divulgação.

Após discussão interna consultámos o Núcleo de Gestão Curricular com o intuito de saber quem é que pode ter acesso às actas das referidas reuniões. Tendo este ficado apreensivo com a sua divulgação, fomos remetidos para o Vice-Presidente da CA (na ausência física do Presidente).

Hoje mesmo expusémos-lhe a situação.

Ao ser confrontado com as actas que tinhamos em nossa posse informou-nos que não lhes podíamos ter acesso, visto que dizem respeito a reuniões entre professores, nas quais não têm assento alunos, e que portanto não poderiam ser divulgadas.

Além disso telefonou imediatamente ao Núcleo de Gestão Curricular repreendendo o secretariado destas reuniões por ter divulgado estes documentos aos alunos e relembrou-nos de que se tratavam apenas de documentos de trabalho tendo-nos pedido para que os devolvessemos, pedido esse a que acedemos.

Cientes da importância que estes documentos possam vir a ter de futuro, decidiu a CC manter as cópias em sua posse, facto que comunicou ao Prof. Doutor Alexandre Ribeiro (o vice-presidente da CA).

Pedimos para que compreedam a extensão da descrição, mas relatamo-la para que compreendam a irregularidade do sugerido neste mesmo blog.

Como disse o professor, a não divulgação não se prende com o facto de se tratar de informação secreta, porque não o é, mas sim por se tratar da divulgação de documentos que nos são alheios. Esta implicaria o contacto e a obtenção da autorização de cada um dos professores participantes em cada reunião.

A Comissão de Curso não vai fazer esta divulgação clandestinamente na medida que acreditamos que advirão muito mais frutos de uma relação de cooperação para com a faculdade e os professores, e que não é desrespeitando-os que alcançaremos os nossos objectivos.

Além disso aqueles documentos encontravam-se muito desactualizados, e inclusivé, já houve outra reunião da CA depois daquela a que o dito dossier diz respeito.

Temos informações que pelo menos uma cadeira que integrava o plano de estudos “retornou” ao 3º ano, entre outras alterações, sendo que obtivemos também hoje a informação de que mesmo muito em breve receberíamos o plano de estudos definitivo, plano esse que, sim, será imediatamente divulgado.
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No que diz respeito à presença de elementos da Comissão de Curso nas reuniões da CA, esta não aconteceu pois, além de não sermos informados das datas em que decorrem as referidas reuniões, nunca nos foi comunicado se era ou não possível comparecermos às mesmas ou o que teríamos de fazer para que pudessemos estar presentes.

A informação de que dispomos é de que se trata apenas de um órgão consultivo sendo que também nunca foi comunicado à Comissão de Curso o teor dos assuntos que lá eram debatidos, nunca nos foi dada palavra nos mesmos nem tão pouco nos foram comunicadas as decisões tomadas.

Houve apenas, no início do ano lectivo, uma reunião das várias comissões de curso do MIM com alunos membros da CA, na qual foi apenas pedido para que as comissões de curso elaborassem um relatório dos problemas que surgiram até à data com o intuito de ser discutido em reunião do Conselho Pedagógico, com o argumento de que a convocação da CA era um processo moroso e que daí não adviriam consequências . Esse relatório foi entregue e não recebemos feedback de qualquer uma destas entidades.
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No dia antes da reunião de Conselho Pedagógico (CP) em que o colega António Caetano esteve presente, a Comissão de Curso informou-se junto do elemento do CP que à data se mostrou mais disponível, o colega Rui Domingos, acerca da possibilidade de lá estar representada. O que nos foi dito foi que existe um acordo entre os elementos do CP em como ninguém estaria presente sem prévia consulta aos demais membros, o que, com tão pouca antecedência não seria possível, regra que compreendemos e respeitámos.

Não duvidamos que o colega tenha sido convidado para estar presente na mesma mas a verdade é que os demais elementos do CP só tiveram conhecimento da sua presença nessa mesma reunião.

Relembramos que a Comissão de Curso, podendo ser representada por qualquer um dos seus elementos, é uma equipa, onde as decisões são tomadas em conjunto e que, embora trabalhando em cooperação com a Associação de Estudantes, não pretende ser conotada com qualquer candidatura ou acto do processo eleitoral agora em curso, visto que é um orgão independente e imparcial.

Vimos portanto desta forma responder a vários comentários que têm surgido e justificar as nossas acções perante os alunos que representamos.


Cumprimentos,
Da vossa CC.